sábado, 1 de agosto de 2009

vida do Mato

V i d a d o m a t o – por- Lizaldo Viera
Vida alegria
Vida cheirosa
Vida bonita
Vida gostosa
Vida verdade
Vida da vida
Quantas vezes queremos gritar
Falar coisas bobas
Naturais
Da realidade nua e crua
Que só a natureza se permite ouvir
O que a rua não sabe mais
O salutar respirar ar puro
Limpar os pulmões
Encher de oxigênio desengarrafado
Coisa já tão difícil
No mundo globalizado
Que tal beber água fria na bica
Espanando o mato com a mão
Sentir o cheiro de terra vadia
Ver bicho solto
Preá e raposa em disparada
Macaco saltitando de galho em galho
Feito louco
Pássaro engenhando o ninho
No nicho
Esperando a primavera
Quem dera
Ainda escutar a sinfonia da mata
Curtir o balé de galhos e flores
N a mais pura irmanada dos primatas
Quisera
Ainda ouvir o tagarelar da cachoeira
Saltitando fagueira
Entre espumas de cristais
Ah! Que sonho bom
De um brasileiro
Mas quanta ilusão
Agora sinto que estou acordado
Mirando o tempo cinzento
Inalando cheiro de assalto queimado
Cercado pela selva de pedra
E espumando carbono
Por todos os lados

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