sexta-feira, 21 de agosto de 2009

História do rádio em Sergipe

O Rádio em Sergipe
Aracaju se tornou capital do estado de Sergipe por uma questão estratégica. Seu porto deveria atender às necessidades de escoamento da produção açucareira do Vale do Cotinguiba.
No dia 17 de março de 1855, o povoado é elevado à condição de cidade e capital da antiga província Sergipe Del Rey, se expandindo do alto da colina de Santo Antônio para até as margens do rio Sergipe. O presidente da província, Inácio Barbosa, foi quem sugeriu a mudança.
Nesse mesmo ano, surgem a primeira fábrica de tecidos e a imprensa oficial. Em 1900, iniciam-se obras de pavimentação, embelezamento e saneamento da cidade. E dez anos depois, a capital já era considerada a mais industrializada e o maior centro urbano do estado.
Em 1926, os primeiros bondes elétricos são inaugurados e surgiram os primeiros bairros periféricos que abrigaram a população que veio do interior.
No início dos anos 30, em Aracaju, o que predominava era a indústria e o comércio, este último, era muito deficiente, favorecendo a baixa na economia. Os movimentos políticos ainda não eram tão evidentes e a radiodifusão ainda não havia chegado na capital. Os primeiros sinais de comunicação sem fio, ocorreram no Estado de Sergipe, através do serviço de alto-falante instalado no Instituto Histórico e Geográfico, que era utilizado pelo governo estadual para fazer a divulgação do seu boletim oficial.
A partir daí, os alto-falantes se propagaram e começaram a ser instalados em alguns pontos da capital aracajuana, com a transmissão de músicas (uma discoteca), fazendo o papel de uma emissora de rádio.
Os precursores do rádio à época foram, Alfredo Gomes - funcionário da Receita Federal, escritor e jornalista, era um dos responsáveis pela programação - João Gomes, Dalva Cavalcanti, Guaracy Leite França e João Ribeiro.
Efetivamente, a radiodifusão chegou na capital sergipana, em 7 de fevereiro de 1939, com a Rádio Difusora AM, fundada pelo então interventor federal Eronildes de Carvalho, através do Decreto-Lei n° 171, publicado no Diário Oficial da União, que criava o Departamento de Divulgação do Estado de Sergipe e, consequentemente, a Rádio Difusora de Sergipe.
A Rádio Aperipê surgiu no governo de Eronildes de Carvalho e durante quatorze anos foi a única no estado. Seu objetivo principal era ser a voz do governo. Naquela época o extinto PSD – Partido Social Democrático estava no poder e o acesso a única estação de rádio de então, a rádio Difusora, era um sagrado privilégio dos políticos da situação (THEOTÔNIO NETO, apud. PORTO, 2004, p. 18).
A extinta Rádio Difusora, hoje conhecida como Aperipê, foi fundada nos fundos do Palácio do Governo e tinha como objetivo divulgar as notícias oficiais do governo e organizar programas culturais.
Em junho de 1939 , o presidente Getúlio Vargas, através do Decreto-lei n° 4328 de 30 de junho de 1939, concedeu a permissão para a implantação de uma estação de radiodifusão em Aracaju.
Em 30 de junho de 1939 foi inaugurada a Rádio Aperipê de Sergipe, vinculada ao Estado, embora sua concepção tenha partido da iniciativa privada que comprou os equipamentos, mas não conseguiu o dinheiro para pagá-los. Coube ao Governo do Estado pagar por eles, fundando a rádio oficial do Estado cujos estúdios ficavam na Rua Maranhão, sendo depois transferidos kpara o Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe (PORTO, apud. SILVA, 2004, p. 27).
A Rádio Aperipê, que fazia parte do Departamento de Imprensa e Propaganda – DIP, ainda no governo de Eronildes Ferreira de Carvalho, lançou os primeiros locutores sergipanos, dentre eles podemos destacar: João Alves Bezerra, João Marques Guimarães e Jefferson Silva. Estes locutores trabalhavam a serviço do governo estadual, levando à população, notícias de interesse do representante maior do Estado.
A rádio Aperipê foi transferida do Instituto Histórico e Geográfico para o Palácio do Governo e, depois para o Palácio Serigy, onde permaneceu por várias décadas. O transmissor foi instalado no bairro Siqueira Campos, entre as ruas Maranhão, Alagoas e Pernambuco. A emissora era identificada pelo prefixo PHJ-6 e tinha, prioritariamente a meta “Educação e Propaganda”.
Alguns anos mais tarde a emissora foi arrendada ao empresário Augusto Luz, tornando-se uma estação criativa revelando grandes nomes, a exemplo de Alfredo Gomes, João Ribeiro, Cláudio Silva, Wolney Silva, dentre outros (THEOTÔNIO NETO, 1983. p. 5)
A partir de 1944, o interventor Augusto Maynard, ampliou a emissora, que passou a contar com um auditório em suas novas instalações. Daí em diante vários locutores, músicos e produtores sergipanos se destacaram, a exemplo de Carlos Nagib, Wolney Silva, Reinaldo Moura, Oliveira Júnior, Maria Cláudia, Nélson Souza, Silva Lima, Alcival Gomes, Santos Souza e Wellington Elias, dentre outros.
Com o tempo a emissora foi progredindo e dando oportunidade a outros profissionais. Mas ela só foi considerada efetivamente, como uma emissora de rádio, após alguns anos, quando o povo começou a demonstrar interesse pela radiofonia sergipana. Com isso o rádio foi crescendo, as programações tornaram-se um pouco diferentes, mas sempre voltada para os interesses do governo.
Em 1972, o então governador Paulo Barreto de Menezes, através da Lei n° 1759 de 11 de dezembro de 1972, deu origem à Fundação Aperipê, passando a administrar o complexo de comunicação Rádio e Televisão Aperipê, situado no anexo III do Instituto de Educação Rui Barbosa. A Rádio Aperipê, com o transmissor instalado no Parque dos Faróis, passou a operar com o prefixo ZYJ-920 e a freqüência de 630 quilohertz. A Rádio Aperipê desde a sua implantação, inspirada pelo DIP do Estado Novo, de Getúlio Vargas no Governo de Eronildes de Carvalho, sempre pertenceu ao governo do Estado.
Como só o Partido Social Democrático – PSD do governo estadual dispunha de uma emissora de rádio, deixando os partidos da oposição em prejuízo, surgiu a idéia de fundação e criação de uma nova emissora, dando início a rivalidade partidária no estado.
A idéia partiu de Leandro Maciel e seus correligionários, através do desejo de falar aos microfones do rádio sobre o seu partido a União Democrática Nacional – UDN. Marcaram então uma transmissão que não foi realizada devido a interferência do atual governo.
Naquela época o extinto PSD – Partido Social Democrático estava no poder e o acesso a única estação de rádio de então, a rádio Difusora, era um sagrado privilégio dos políticos da situação. (THEOTÔNIO NETO, 1983, p. 5)
Então, na década de 50, quando o rádio no sul do país já apresentava sinais de declínio, com o advento da televisão, Sergipe revolucionava a radiodifusão na capital, com a implantação da segunda emissora a Rádio Liberdade AM, do industrial e sergipano Albino Silva Fonseca, inaugurada em 7 de setembro de 1953. A emissora foi instalada para cobrir um evento que marcava a visita do Dr. Leandro Maciel, político da União Democrática Nacional - UDN, à capital sergipana.
A Rádio Liberdade AM, emissora da oposição partidária, fazia transmissões ao vivo e com a participação dos ouvintes. Destacou-se por ser a pioneira nas transmissões de programas como: programas de auditório, concurso do Miss Brasil, o noticiário “Informativo Cinzano”, criado e apresentado pelo locutor Silva Lima. A emissora foi a pioneira nas transmissões esportivas.
Os programas esportivos também fizeram sucesso nas emissoras sergipanas e chegaram a causar conflito entre a Difusora e a Liberdade. A Difusora possuía ligação com os dois estádios da cidade e por isto conseguia irradiar duas partidas de futebol ao mesmo tempo, enquanto a Liberdade, só conseguia transmitir uma. Silva Lima sente-se prejudicado e vai reclamar com o governo que proíbe a Difusora de irradiar os dois jogos aos mesmo tempo. A rádio era amadorística, estava engatinhando para acontecer uma coisa dessa, o próprio governador fazer uma coisa tão boba dessa, devia ficar satisfeito que a rádio estava progradindo e transmitindo de vários locais (ALVES, apud. PORTO, 2004, p. 22).
A emissora de Albino Silva, conquistou o público durante décadas, o comércio paralisava no horário dos programas da Rádio Liberdade, especialmente, aqueles que traziam notícias, crônicas e fatos políticos. A rádio também foi a pioneira ao trazer para o estado o Rádio Teatro, que mais tarde passou a ser denominado de radionovela.
Vários locutores e produtores passaram pela Rádio Liberdade AM, a exemplo de Fernando Souza, Wellington Elias, Santos Santana, Clodoaldo Alencar, Walmir Mendonça, Santos Souza, Rosevaldo Santana, Raimundo Silva, além de tantos outros, que fizeram a história da emisora.
Desde a sua fundação até a época em que foi vendida ao empresário Heráclito Rollemberg, a emissora era identificada pelo prefixo ZYM-20 e localizava-se em um prédio na Rua Itabaianinha no centro da capital.
A Rádio Liberdade, no ano de 1983 , portanto, 30 anos após a sua fundação, transformou-se numa estação de rádio mais moderna, se destacando entre uma das melhores e bem equipadas do país, passando a denominar-se de Super Rádio Liberdade, fruto do investimento do empresáro Heráclito Rollemberg.
A Super Rádio Liberdade que à época era dirigida pelo jornalista Teotônio Neto, fazia parte do Sistema Globo de Rádio, sob a coordenação da Rádio Global do Rio de Janeiro, mais tarde voltou a ser denominada de Rádio Liberdade de Sergipe.
Atualmente, a Rádio Liberdade, que pertenceia ao senador da República Almeida Lima, faz parte do Grupo Torres Empreendimentos e está localizada na Rua Pacatuba, Edf. Paulo Figuierêdo, S/N, sendo sua torre instalada no Parque dos Faróis, Município de Nossa Senhora do Socorro, operando com uma freqüência de 930 quilohertz a um alcance de 20 quilowatts e identificada pelo prefixo ZYZ-923.
No geral, a implantação das primeiras emissoras em Aracaju, deu-se em virtude das implicações e/ou incidentes políticos.Em 1958, surge a Rádio Jornal AM, uma emissora que contava com membros ilustres da sociedade aracajuana e, principalmente, com o apoio do então presidente da República Jucelino Kubtschek e, que tinha como principal objetivo dar prosseguimento à campanha eleitoral do então candidato ao governo do estado, José Rollemberg Leite. A concessão para implantação foi imediata.
A rádio Jornal AM, fundada pelo Partido Republicano, aliado do PSD, encontrou dificuldades, quando no dia da sua inauguração, seus adversários políticos (UDN) cortaram o fornecimento de energia, numa tentativa de impedirem o evento. Mas, através da intervenção de seus aliados políticos, a inauguração efetivou-se.
Situada em um prédio da Avenida Rio Branco, próximo à Praça Fausto Cardoso, com o transmissor localizado no Bairro Industrial, a emissora era identificada pelo prefixo ZYM-21, com 500 watts de potência, cobria todo o território sergipano e, principalmente, satisfazia as necessidade do grupo político que a implantou.
A emissora com o tempo conquistou o seu espaço, passando a disputar a audiência dos sergipanos, com as outras emissoras locais. Nos seus programas, contava com a participação de profissionais que se destacaram a exemplo de Gilvan Fontes, Raimundo Luz, Nelson Souza e Acival Gomes, dentre outros.
A programação da Rádio Jornal, incluía transmissão de concurso de misses, programas humorísticos, como o “Alegrias Triunfo”, além de informativos, noticiários e programas políticos. Estes dois últimos foram o forte da emissora (PORTO, 2004, p. 23).
Alguns programas políticos transmitidos pela Rádio Jornal eram considerados polêmicos, merecendo destaque “Sergipe ri e chora” apresentado por Paulo Lacerda, “Carrocinha” por Pedro Raimundo e o “Risolândia”, criado por Raimundo Silva, Nelson Souza e Cadmo Nascimento.
O programa “Risolândia” foi considerado o mais polêmico à época, onde os locutores, com uma dose de humor, faziam críticas ao governo, com relação a falta de atenção do poder público e a perseguição aos adversários, por sua vez, os políticos sentindo-se ofendidos, mandavam dar uma surra nos diretores dos programas. Diante das represálias, o programa teve que sair do ar.
Atualmente a Rádio Jornal AM, opera na freqüência de 540 kilohertz e está localizada nas proximidades do Hospital Universitário, situado à Rua Cláudio Batista, no Bairro Santo Antônio. Com o seu transmissor de 10 kilowatts, instalado no município de Nossa Senhora do Socorro, ela cobre todo o território sergipano como também alguns estados do nordeste, a exemplo de Alagoas e Bahia.
Integrante da Rede Jornal de Comunicações, pertencente ao atual governador do Estado, João Alves Filho, a rádio tem a sua identificação através do prefixo ZYJ-924 e conta hoje, com uma das melhores estruturas para operar tanto em Amplitude Modulada - AM como para a Freqüência Modulada – FM.
Quando os programas católicos deixaram de ser transmitidos pela Rádio Liberdade, por causa de desentendimentos entre a emissora e a Cúria Metropolitana, Dom José Vicente Távora, bispo Diocesano de Aracaju, sentiu-se ofendido e, com isso criou a Rádio Cultura, eminentemente católica e desvinculada de partidos políticos. A Rádio Cultura foi a primeira a ter uma programação 24 horas.
Com a fundação da Rádio Aperipê, como rádio oficial do Governo, a oposição precisava de uma voz, daí ter nascido a Rádio Liberdade de Sergipe, fundada por Albino Silva, da União Democrática Nacional – UDN. Como este partido ganhou as eleições seguintes, passou também a controlar a rádio oficial, dispondo de duas emissoras para divulgar. Assim, o Partido Socialista Democrático – PSD, aleado do Governo, não tinha um veículo para sua autodivulgação e a família de Leite fundou a Rádio Jornal, em 1958. Mas, a Igreja Católica reconheceu o potencial das emissoras de rádio e, por sua vez, também quis utilizar a novidade para doutrinar seus fiéis e, em 1959 fundou a Rádio Cultura de Sergipe. (SILVA, 2004, p. 28).
O objetico de Dom José Vicente Távora era desenvolver um trabalho a fim de promover reformas na alfabetização, utilizando-se de programas radiofônicos. O arcebispo percorreu todas as paróquias no interior do estado, para implementar as ações da Rádio Cultura, ou seja, a criação de escolas radiofônicas do Movimento de Educação de Bases – MEB, obtendo êxito absoluto.
Muitas pessoas aprenderam a ler e a escrever através do MEB. [...] cada povoado tinha um monitor que às 18 horas ligava o rádio e ouvia as aulas, distribuía as cartilhas que os agricultores recebiam e acompanhavam a aula. Terminada a aula às 19 horas o monitor ia repassar aquela aula.(ALVES, apud. PORTO, 2004, p. 24).
Inúmeros aparelhos receptores cativos foram instalados no interior do estado, sob a responsabilidade das monitoras que dirigiam as escolas. Os aparelhos eram denominados de cativos porque serem sintonizados exclusivamente na Rádio Cultura.
Por ordem do governo, o programa de Alfabetização à Distância, o MEB, considerado como subversivo, teve que ser retirado do ar, ou a Rádio Cultura seria fechada. O Bispo Dom José Vicente Távaro, idealizador do movimento, foi perseguido e, em alguns momentos foi monitorado pela polícia, chegando quase à eminência de uma prisão. A Rádio Cultura foi inaugurada no dia 21 de novembro de 1959, com o prefixo ZYM-22 e contou com a presença do ministro Sette Câmara, representante do então Presidente da República Jucelino Kubitschek, no evento.
Com uma boa qualidade de som e programas cuidadosamente elaborados, a emissora católica manteve-se por muitos anos líder de audiência, merecendo destaque para alguns locutores da época, dentre eles, Manoel Silva com o programa “Alvorada Sertaneja”, Reinaldo Mourta com o ‘Roteiro das Onze’, seguido de Dimarães Mota e Jairo Alves com os noticiários.
Os programas esportivos sob o comando de José Antônio Marques, Carlos Magalhães, Alceu Monteiro e Welligton Elias, dentre outros, também tiveram altos índices de audiência.
Atualmente a emissora continua com a mesma potência inicial de 10 kilowatt e, mesmo tendo perdido a hegemonia de 1° lugar em audiência, a Rádio Cultura AM mantêm-se com os mesmos propósitos condicionados ao seu lema: “Uma emissora católica a serviço do bem e da verdade”.
A Rádio Cultura AM, dirigida pelo cônego José Carvalho, hoje identificada pelo prefixo ZYJ-921, está localizada em um antigo prédio situado à Rua Simão Dias e o seu transmissor instalado no Parque dos Faróis, operando como uma freqüência de 670 kilohertz.
A quarta emissora a ser instalada em Aracaju, foi a Rádio Atalaia, já no final do anos 60, pelo usineiro e industrial Augusto do Prado Franco com o objetivo de dar mais ênfase à sua carreira política.
Pertencente a uma família tradicional do estado não só economicamente mas também na área política, Augusto Franco sentiu a necessecidade de utilização do meio de comunicação mais popular da época, o rádio, para dar reforço à sua escalada política.
A emissora que à época tinha seus estúdios localizados no Hotel Pálace, teve como parte das comemorações de inauguração, um show com Gerson Filho e Clemilda, realizado em frente à Praça General Valadão.
A fundação da Rádio Atalaia AM foi o seu primeiro degrau para alcançar a sua condição atual de dono da maior rede de comunicação do estado, um conglomerado envolvendo o Jornal da Cidade, duas estações de televisão e outras emissoras de rádio no interior.
A emissora conquistou a audiência dos ouvintes graças ao trabalho das equipes técnica e artística, que se preocupavam em levar para o seu público uma programação de excelente qualidade e com uma boa sintonia.
O prestígio que a Rádio Atalaia AM tem hoje, deve-se o mérito aos programas que foram levados ao ar e que continuam sendo transmitidos, aliados aos outros que se popularizaram. Dentro deste contexto, pode-se citar o programa “Show de Notícias, que sempre teve altos índices de audiência. Merecendo destaque para os profissionais da época, a exemplo de Naírson Menezes, Carlos Mota, Dermeval Gomes e Oliveira Júnior, entre tantos outros.
Há dois anos, a emissora foi arrendada para a Igreja Evangélica Assembléia de Deus, sendo o seu quadro de locutores composto, exclusivamente, por pastores, a exceção do radialista Fábio Henrique, que continua na grade de programação da rádio.
Atualmente, a Rádio Atalaia AM, está localizada na Rua Cláudio Batista, no Bairro Santo Antônio, cujo tansmissor encontra-se instalado no Porto Dantas. Operando na freqüência de 770 kilohertz, a emissora é identificada pelo prefixo ZYJ-922 com uma potência de 10 kilowatt.
Integrante do Sistema Atalaia de Comunicação, a emissora é dirigida hoje pelo filho do seu precursor, o ex-deputado federal e empresário Walter Franco.
Todos os Direitos Reservados à Maria Verônica Santana e SáFormanda do Curso de Comunicação Social / Jornalismo – Unit

Rádio Aperipê de Sergipe
Por Gilvan Fontes *
A Rádio Aperipê instalada no Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, na década de 50, passou a se chamar Rádio Difusora de Sergipe PRJC de Aracaju que funcionava no fundo da Secretaria da Saúde, onde hoje é a Associação dos Ex-Combatentes.
Na Rádio Difusora tinha um programa de manhã chamado ‘Musicart’, o ouvinte mandava carta solicitando músicas, os locutores era Zito Mangueira e Luiz Trindade. No dia de Domingo tinha um programa de auditório comandado por Zito Mangueira. A tarde tinha um programa chamado ‘Saudade do meu norte’, apresentado por Clodoaldo Vieira, as 17 horas, era um programa que convidava violeiros. Dia de Sábado tinha um programa chamado “Rádio Baile”, apresentado por Fernando Oliveira.
A Rádio Difusora, hoje Aperipê, transmitia novelas que eram enviadas através de fitas pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro. A emissora apresentava uma novela intitulada “Angela a moreninha de Angelo”, todos os dias às 10h 30. A Rádio Difusora tinha estúdio, auditório onde as pessoas íam para lá ouvir novelas. O auditório ficava lotado no horário da novela, todas as mulheres que estavam no comércio corriam para a rádio ouvir as novelas.
Rádio Liberdade AM
A emissora contou com um fenômeno que marcou a história do rádio em Aracaju, o radialista e diretor artístico José da Silva Lima. Ele apresentou diversos tipos de programas, que tiveram um sucesso muito significativo, a exemplo dos programas esportivos, policiais e informativos. Na Rádio Liberdade tive o prazer de trabalhar com o radialista Silva Lima, que foi professor da maioria dos profissionais daquela época e de hoje. Aprendi muito com este profissional.
Rádio Jornal AM
Os programas políticos e noticiários marcaram a Rádio Jornal, como também a transmissão de concurso de misses e informativos. “ Quando a Rádio Jornal, fundada pelo PSD, surgiu, a Liberdade e a Aperipê eram controladas pela UDN – partido rival da Jornal. Nos anos 60 a rivalidade política entre os partidos PSD e UDN esquentou com a criação do programa político chamado “Risolândia”. Era um programa de humor que tirava sátira com os políticos. O PSD e a UDN eram duas agremiações extremamente rivais. A Rádio Jornal era do PSD e tinha um grupo que atacava a UDN (que era de Leandro Maciel – governador do estado).
Foi um período muito difícil, houve casos em que políticos mandavam dar uma surra nos radialistas. A coisa ficou tão assustadora que o programa teve que ser retirado do ar.
Rádio Cultura AM
A Rádio Cultura foi fundada em 1959 pelo arcebisco de Aracaju, Dom José Vicente Távora, com o intuito exclusivo de evangelizar, educar e alfabetizar a população. Com o slogam “Uma emissora católica a serviço do bem e da verdade”, a rádio alcançou um excelente sucesso e respeito através da implantação e desenvolvimento do projeto do Movimento de Educação de Base – MEB. “O MEB ensinou muitas pessoas a ler e escrever, através das aulas de português, matemática e legislação que eram transmitidas pelo rádio.
Diversos programas foram surgindo e a emissora contava com uma programação bem variada, tinha programas de auditório, radionovela infantil, que eram apresentados diariamente.
Na Rádio Cultura tinha um programa muito interessante chamado de “Roteiro das Onze”, apresentado por Reinaldo Moura, às 11 horas da manhã. Era um programa disc jóquei que atendia ao público através de carta e de telefone. Era um programa disc jóquei que tinha uma especificidade, no dia de sábado ele era transmitido das 10 às 12h e transformado em programa de auditório.
Este programa marcou época no rádio sergipano. O sucesso foi tão grande e imediato que a emissora resolveu levar o programa até o interior. O programa passou a ser feito nas cidades de Lagarto, Propriá, Itabaiana e Estância, porque eram as únicas cidades que tinham telefone na época. Aqui em Aracaju o programa a audiência era enorme, o auditório ficava cheio, lotado, tinha dias que nós tíamos que chamar os seguranças para botar ordem na casa.
Rádio Atalaia AM
Com a criação da Rádio Atalaia, Augusto do Prado Franco, em pouco tempo passou a ser o maior empresário das cominicações no estado. A ele pertencia o Jornal da Cidade, duas estações de televisão e outras emissoras no interior. Atualmente, no conglomerado, inclui-se também o Jornal Correio de Sergipe.
Com o tempo a rádio consegui conquistar o seu público, obtendo altos índices de audiência. As equipes de reportagens se preocupavam em fazer uma programação de qualidade. O programa “Show de Notícias” foi um marco na Rádio Atalaia, alcançando uma ótima audiência. Vários profissionais contribuíram para o sucesso da emissora, a exemplo de Naírson Menezes, Carlos Mota, dentre outros.

· Radialista da Rádio Cultura AM e da Liberdade AM. Apresentador do notíciário da TV Atalaia.
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· Fabiano Oliveira destaca o Dia do Radialista22-09-2004 18:09:10 Da Redação: Fonte - Assembléia Legislativa
Antes de iniciar o tema principal de seu pronunciamento, o deputado Fabiano Oliveira, PTB, disse que concordava com Walker Carvalho, PFL, com relação ao acordo para a implantação do TEF. Fabiano Oliveira também justificou sua ausência na sessão de segunda-feira (dia 20), por isso não subscreveu o requerimento de Ana Lúcia Menezes, de apoio aos radialistas, pelo transcurso do dia da categoria.Fabiano Oliveira fez isso na condição de deputado e cidadão e por ser, também, radialista, com um programa de rádio. Conforme ele, o radialista está mais próximo do povo.Fabiano Oliveira ressaltou a importância do rádio para a informação, entretenimento e a integração nacional.O deputado destacou vários jornalistas e radialistas sergipanos como Wolney Silva, Silva Lima, Santos Mendonça, Alberto Lacerda, Nelson Souza, Cádmo Nascimento, Manoel Silva, Santos Santana, Carlos Mota, Glau Peixoto, José Eugênio, Carlos Magalhães, Raimundo Luiz, Wellington Elias, Gilvan Fontes, Dermeval Fontes, José Antônio Marques, Gilmar Carvalho e tantos.Destacou que os radialistas e jornalistas sergipanos terão o reconhecimento profissional, concretizado também com uma remuneração digna.

SANTOS, E O SEU FUSQUINHA
Data: 26/01/2007

JOTA SANTOS, E O SEU FUSQUINHA
REPORTAGEM, DE JOEL BATALHA

José Santos nasceu na cidade de Riachuelo, interior sergipano,no dia 25 de maio de 1945, Seus pais: Nelson Santos e Maria Lucia Santos. Jota Santos começou a sua carreira como cronista esportivo na Rádio Liberdade de Sergipe na década de 60. O seu padrinho no rádio foi o polêmico José da Silva Lima. É vovô como cronista esportivo. É cobra criada. Para muitos, o Jota Santos é considerado um dos melhores repórteres esportivos em Sergipe, é um curinga na profissão. Foi com o próprio Silva Lima que Jota Santos aprendeu a lidar com o microfone. Também aprendeu a ser repórter de pista com o então hoje, o coronel e radialista Tadeu Cruz na equipe de esportes de Silva Lima na Rádio Liberdade.

Disse Jota Santos que em determinada época, Silva Lima brigou com a alta direção da Rádio Liberdade, sendo impedido de narrar futebol. Jota Santos foi escalado para uma partida no interior sergipano valendo pelo campeonato estadual. Foi numa partida que o Olímpico, o famoso “Leão da Caserna” estaria enfrentando o time do Itabaiana no Estádio Etelvino Mendonça. Não é que chegando no local da partida lá estava Silva Lima transmitindo o jogo. O engraçado foi que faltando apenas 3 minutos para terminar a partida, Silva Lima consentiu que Jota Santos narrasse o final.

Na sua adolescência, Jota Santou bateu pelada nos principais clubes dos Bairros Suissa, Santos Dumont e Siqueira Campos. Relembra Jota que quando jovem, batendo pelada no campo de futebol do “Barinho”, onde fica hoje a sede social do Vasco Esporte Clube/SE, enfrentou um time em que atuava Carivaldo de Souza (presidente da FSF) e do próprio Carivaldo levou um “sarrafo” que caiu num matagal. Até hoje, Jota Santos se lembra como era Carivaldo, um zagueiro que não brincava em hipótese alguma. Era o Carivaldo o xerife na defesa do seu time.

Num certo tempo, no interior sergipano a Rádio Liberdade foi transmitir uma partida, não lembra Jota os times que estariam em confrontos, Só que durante a partida, alguns “coleguinhas” cortaram o fio de transmissão da Rádio Liberdade, Jota Ssntos estava transmitindo a partida. Em Aracaju, sabedor o que estava acontecendo, o diretor da Rádio Liberdade Fernando Souza acompanhado do seu auxiliar “Valdemar Pezão”, ambos chegaram as pressas no, local do episódio. Lá chegando Fernando em poucos minutos, Fernando resolveu a bronca. Tudo ficou igual, ou seja, os fios das demais emissoras foram cortados. O Valdemar Pezão deu um jeitinho. Depois, tudo voltou ao normal.

É Vovô, o Jota Santos, e tem muitos netos. Filhos não é bom nem contar, mas faz um jeitinho que todos caibam dentro do seu “fusquinha futebol clube”. Não nega a ninguém que é torcedor do Clube Sportivo Sergipe. Mas, quando está trabalhando, com o microfone na mão, no exercício da profissão, é independente para elogiar ou criticar, quando necessário..

Quando os times de outros estados jogam em Aracaju, seja ele com o Sergipe, Confiança e outros, ele torce ardorosamente pelo clube da casa. Muitas vezes, quando as arbitragens “entortaram” dentro de campo, contra os times sergipanos, principalmente o Sergipe, Jota Santos teve a coragem de “xingar” os árbitros. Teve oportunidades em que alguns árbitros chamaram policiais para expulsá-lo dos gramados.

Jota Santos trabalhou em quase todas as emissoras de rádio, em Aracaju. Por muito tempo foi figurante da equipe de esportes da Rádio Liberdade, Rádio Cultura idem. Hoje se encontra na equipe de esportes de Carlos Magalhães, na Rádio Jornal AM, onde cobre o dia-dia, do Sergipe. Conhece Aracaju, com a palma da mão, pois trabalhou nos Correios e Telégrafos, como carteiro.




NOTA DO AUTOR:

Infelizmente, o radialista Jota Santos, faleceu no dia 22 de janeiro de 2007, às 05:50 horas, nesta segunda-feira. Na ultima oportunidade que estive com ele, onde me perguntou, quando seria o lançamento do meu livro, As Peripécias do Esporte Sergipano, 2ª Edição.. Eu respondi a Jotinha que seria em 2007. Por sinal, o colega Jota Santos , a exemplo de outros colegas n que foram para o Oriente Eterno, como Jurandi Santos e Tadeu Cruz, seriam personagens de destaques na minha segunda edição das Peripécias do esporte Sergipano. Que Cristo Jesus coloque a bondosa alma de Jota Santos no lugar que ele merece.



PROJETO RESGATE DA HISTÓRIA DE
ESTÂNCIA JARDIM DE SERGIPE DEL REI
Procure a côr que deseja para visualizar melhor








COMUNICAÇÃO
Por: Francisco de Assis O. da Cruz
Sinopse
Durante longos e longos anos o Jornal foi um dos únicos meios de comunicação entre a população em Estância. A notícia costumava chegar através telegramas que na ocasião eram decifrados pelo código Morse ( ._ .- ..- ) onde atualmente pouca gente conhece o seu verdadeiro valor e o quanto ajudou nas alegres e nas tristes notícias. O município de Estância era ligado ao resto do país somente pelo telégrafo com fio e pelo precário também telefone. Manipulador Aparelho inventado por Samuel Morse, no finalzinho do século XVIII.
Gostava de ver meu tio Tenente Antonio Affonso Oliveira e o Cabo Milton transmitindo o código Morse e lendo aquela fitinha cheia de traços e pontos. O Correios antigo (E.C.T.) tinha uma hierarquia própria, Chefe da Estação - Estafeta (quem não se lembra de Valtino com sua chegada peculiar em cada residência, anunciando correspondência, CORREIOS! ) Guarda Fios (meu avô José Antonio de Oliveira, apelidado por "Zé Gabiru" ), foi Guarda Fios. Também tive uma prima funcionária, Aureliana Reis de Oliveira, conhecida como (Lelinha) irmã de Afonso Reis de Oliveira, (Afonso da Farmácia), enfim no correios tivemos muitos conhecidos e amigos. Tentamos junto ao acervo histórico dos Correios sobre a provável data de implantação ou fundação do antigo E.B.C.T. Empresa Brasileira dos Correios e Telégrafos em Estância sem muito sucesso. Tanto no acervo do Rio como o de Sergipe não foi encontrado nenhum registro.
Já o antigo sistema telefônico era muito precário, eram duas cabines, marcava-se hora para conversar e ou receber telefonemas, e outro detalhe era quem quisesse contar segredo por telefone, não precisava grampo para ouvir a conversa, bastava passar na travessa onde ficava a antiga Agencia da Telergipe ou Companhia telefônica de Sergipe, que ficava em frente da atual sede da Telemar à rua Dr. Pedro Soares . Para quem não tinha aparelho em casa, utilizáva-se das Cabines existentes não oferecia um bom isolamento acústico e os papos Há! eram ouvidos aos altos brados, berros, e tudo mais... "Hein !! , O que ??!! - Fala Alto., enfim todo mundo terminava ouvindo assuntos dos outros e como na época não existia rádio, a notícia, corria mesmo pelos "Pésmegahertz, linguamegahertz " em uma incrível velocidade, e logo logo chegava no famoso "jornal de calçada". Elenice Benevides Cardoso ainda trabalhou neste sistema antigo, tira e coloca plugue, roda manivela era um verdadeiro vexame. Hoje de frente a antiga casa que não existe mais tem a Telergipe (Telemar) que também era moderna mas agora um tanto quanto ultrapassada. Pois cada dia, cada hora, a tecnologia esta a serviço do homem modernizando e destruindo em diversos vetores.
Mesmo com o surgimento de emissoras de Rádio no Sul do Pais, Rádio Nacional, Rádio Tupy no Rio de Janeiro, depois vieram a Rádio Mayrink Veiga, e depois a Rádio Globo. Viajantes atrevidos, se aventuravam a comprar os antigos Rádios Capelinha, da Rca Victor, tinha um cachorrinho como logotipo, já o Zennith não me recordo mas o mais antigo, creio que tenha sido o capelinha, antes do radio de Galena claro. Lembro-me que era um mexer na antena um sobe e desce de fios etc.
Dizia meu pai Sr.Pedro Advíncula da Cruz, que um dos primeiros rádios a chegar na região foi para a Usina Castelo em Santa Luzia do Itanhy, para casa do Sr. Cantidiano, dono do Castelo, onde reunia a família para ouvir o locutor, e a melhor hora de boa recepção era a noite. Odulvado Viana, Ari Barroso, que além de compositor era também locutor da Rádio Nacional, músicas de Vicente Celestino, de Lamartine Babo, pai de Osvaldo Sargentelli, e o detalhe os discos de vinil , eram discos (quebráveis de 78 rotações rpm) começava mais ou menos assim. "Casa Edison, Rio de Janeiro Brasil, Tico Tico no Fubá, composição de Zequinha de Abreu, voz de Carmem Miranda. Depois aqui em Estância, para a residência do Sr. Constancio Vieira dai veio a sua popularização com a aquisição de outros modelos a válvulas que muitas pessoas começaram a adquirir. E na rua que não tinha, os vizinhos mais íntimos entravam na sala de quem tinha, os outros mais humildes, ficavam na janela a ouvir as músicas e as primeiras rádio novelas. Era um silêncio... Shheeeee..." Silêncio menino a gente ta ouvino a Rádhia " "Ochente, que besteira.... " cala boca.... Alem do Rádio a outra invenção, isto é Comunicação havia o Programa a Hora do Boca a Boca transmitido pela Rádio Fofoca, muito antiga em Estância aliás havia programas como a "A língua Ferina". Por isto existe um velho Adágio, "Cuidado com a Justiça de Lagarto, a Lepra de Simão Dias e com a Língua de Estância"...
Eh! Eh! Irônico não?

- Enquanto isso na Rádio Calçada
"Você sabia que o senhor Luiz, filho do Sr. Didiê parente do Dr. Jessé Fontes tinha uma bomba de Gasolina no Largo João Pessoa ? é faz concorrência com Pedro Siqueira que também tem uma?." Não? "Você sabia que o Dr. Pedro Soares está inaugurando naquele beco nos fundos do campo do Estanciano, é... de frente da Fábrica de Vidro, ... não menino perto do Necrotério do Hospital Amparo de Maria.... Hán!.....Hum!... Sei.... E daí... é uma usina de gerar energia ...... Ha!! Não era a Rádio Relógio com notícias e informações a cada minuto mas também funcionava. Um dos pontos que costumava reunir o pessoal da antiga , era a Barbearia do Sr. Dede Sobrinha, irmão do Sr. Raimundo Sombrinha que na ocasião morava em Santa Luzia vindo a mudar-se anos após para Estância. Ora logo na entrada da Barbearia, encontrava-se um mural pintado por um artista estanciano, era a figura do Dede Sombrinha, com aquela exuberante barriga, com um pente e uma tesoura, cortando o cabelo de um freguês. E lá estava o Rádio Capelinha, em cima do Armário, onde ficávamos a ouvir a Rádio Nacional, do Rio de Janeiro e anos depois a Rádio Difusora de Sergipe onde o noticiário famoso era de Silva Lima o Informativo Cinzano as 12:30. As outras barbearias e farmácias da ocasião também eram os tradicionais points.
Rádio Amadores
Alguns Rádios Amadores, se destacavam em Estância, o Sr. Clemente Freitas, funcionário da Fábrica Santa Cruz, o Sr. Machado ex funcionário do Banco do Brasil, apaixonado também pela comunicação, mantinha um estação de Rádio Amador nos fundos de sua residência, onde iniciava a praça 24 de Outubro e terminava no antigo pernambuquinho, quase em frente a casa do Sr. Carlos ex funcionário da Receita. Ouvíamos sempre alô Macanuto, aqui PY e tal e ia falando em um código que para nós na época era indecifrável. Havia também um Senhor Fontes marido da Sr. Ninita Fontes, no antigo Caminho do Rio quase em frente a residência o meu avô Sr. José Antonio de Oliveira Guarda Fios da antiga Empresa Correios e Telégrafos, e outro no Bairro Bonfim.
Serviços de Auto-Falantes
Naquela época havia alguns serviços de auto-falantes instalados na cidade e Bairros.
A voz da Estância, era um serviço prestado a comunidade com propagandas do comercio local, havia noticiário, músicas, ofertas musicais, hora do ângelus, e comentário do Partido Trabalhista Brasileiro do qual pertencia. Sua sede ficava nos fundos da sede do PTB, na rua Gumercindo Bessa, onde também abrigava o então dominical Folha Trabalhista (que utilizava prensas do antigo a Razão)
No Bairro Santa Cruz, na praça da Feirinha perto do Mercado Local, hoje deposito de Postes, era o Serviço de Auto Falante do Sr. Edgar Barreto. Ainda tinha o serviço do Sr Antonio Relojoeiro, tinha uma Moto Monark e sempre a noite tocava suas músicas. O do Antigo Cine São João do Sr. Derneval Carvalho Costa, depois foi o locutor Sr.Benjamim que também anunciava o filme do dia. Cinema Guarany também o senhor Benjamim . No Bairro Botequim havia um serviço e auto falante pertencente o Sr. Francisco dono do X.P.T.O. O mais famoso por pertencer ao Partido Trabalhista Brasileiro, era A Voz da Estância. com dois horários de funcionamento, tinha de tudo, notícias, presentes musicais, propaganda, política, hora do Ângelus, com seus locutores, Gladston de Oliveira, Silveira, Sivaldo. No Bairro Bonfim o serviço era do Sr. Pimentel, que também era dono do Conjunto Musical Unidos em Ritmos. Moacir também se revelou com seu serviço de auto-falantes para quem não o conhece como Moacir é o 'Moscow" colega de infância do Graccho Cardoso.
Serviços Móveis de Auto-Falantes Carro de Som José Sivaldo Santana Silva Um dos primeiros serviços moveis de auto-falantes que podemos dar o aval de melhores, foi o do Sr. José Sivaldo Santana Silva, Locutor experiente, trabalhou na Rádio Esperança desde a sua Fundação, saindo em seguida e montando seu próprio negócio, onde expandiu com Shows, propagandas, murais etc. Talvez o pioneiro.
Sr. Antonio Relojoeiro, também também tinha sua aparelhagem que colocava todas as noites na Janela e transmitia suas notas para os vizinhos, sua "tenda ficava ao lado do atual G.Barbosa perto da Praça da Bandeira"
Temos noticias também de que havia um auto falante na Rua do Aquidabã.
JORNAIS DE NOSSA TERRA

O RECOPILADOR SERGIPENSE
Dez anos após a Independência do Brasil, é editado o primeiro Jornal da Província de Estância, com oficina gráfica própria. Segundo nos consta foi fundado pelo estanciano, Monsenhor Antonio Fernandes da Silveira. (Além de religioso, foi político, bibliotecário e Jornalista).
UNIÃO
Fundado em 1852
O URTIGA
Fundado em 1852
O RABUDO
Não temos informação exata da sua fundação, somente sabemos que foi um dos primeiros jornais domingueiros a circular, por volta de 1869 Proprietário Sr.Manoel Lopes de Souza Silva.
GAZETINHA
Fundado em 1882
O SERENO
No final do século XIX na sua maioria os Rapazes tiveram uma idéia maravilhosa, quando na cidade havia uma celebração como Casamentos principalmente com pessoas da alta sociedade, os rapazes e algumas pessoas que iam se aglutinando na porta, ficavam por ali esticando o pescoço para ver a festa, outros pela janela, e aí criavam as notícias, "Ih! a filha do Sinhozinho Fulano e bla! Bla! ". Estas chamada "instituição" do "Sereno" pelo povo foi muito bem aproveitada pelo Sr. Augusto Gomes, que o fez publicar com o nome O SERENO. Sua edição entretanto, durou pouco tempo. de 1875 a 1876.
A RAZÃO
Em 1896 Augusto Ramos Gomes funda um dos melhores jornais depois do Sereno, atravessou fronteiras com notícias de nossa terra. Testemunha de nosso Progresso.
A VOZ DO POVO
Lauro Santana conhecido como pelo apelido de ( Lauro Babão) fundado em 1929 e sua oficina era instalada na esquina das ruas Getulio Vargas, (Rua Nova) e Rua da Rosa, com a Praça 24 de Outubro, (Parque Velho)Quando o conheci somente tinha uma papelaria onde também vendias revistas, tais como O Cruzeiro, Careta, e Anuário da Senhoras, (era como se fosse um compendio juntando hoje Vip, Fashion, e outras ligada a moda e dicas femininas ) Careta, Gibi Mensal. Roy Rogers, Batman, Bolinha, Vendia também exemplares de jornais atrasados, Jornal do Brasil, e Globo.
O DESCANSO
Fundado em 1905
SUL DE SERGIPE
Final da década de 19(10) para início da década de 19(20) fundado por João Sobrinho, com indicativo à luta política. Dono de uma das casas de secos e molhados famosa naquela época "Casa Souza Sobrinho" que se digladiava com Chico Martins.
A ESTÂNCIA
Fundado em 1931 Alfredo Silva - Oficina inicio da Rua Capital Salomão, quase em frente a antiga sorveteria Cinelandia do Sr. Fernando. Dia de Circulação: Aos Domingos.
FOLHA TRABALHISTA
Comprado da Razão, pelo Deputado Francisco de Araújo Macedo manteve suas principais matérias dirigida em apoio ao Partido Trabalhista Brasileiro do qual era militante, após seu desaparecimento, a Folha foi dirigida também por D. Núbia Nabuco Macedo
SIM SIM
Era 1962, pequenino, mas potente como um marimbondo, assim era o SIM SIM. Editor: João Freire de Faria Amado, órgão da juventude União Redentora da Juventude Estanciana, URJE, liderada pelo Padre Almeida foi considerado pela crítica como “Pasquim” era um instrumento que combatia a repressão e a proibição de diversos acontecimentos, imposta pelo regime militar da época. Com uma ousadia a toda prova, sobreviveu por um longo tempo.
GAZETA DE ESTÂNCIA
Fundado por Nivaldo Silva (ex-Prefeito)- Matutino com circulação também aos domingos.
NOSSO JORNAL
Fundado por Carlos Magno (ex-Prefeito) Deputado Federal
O CAMINHO
Fundado por Francisco Teixeira Filho, intitulado comunicador, e idealizador. Francisco Silva Teixeira Filho Um Jornal com tiragem regular, dedica seu espaço a Política, Fofocas, Sociedade, Cultura, Notícias em geral.
TRIBUNA CULTURAL
Jornal de cunho Jornalístico e Cultural, abrange matérias históricas e interessantes, onde divulga acontecimentos atuais, sobre Rádio, Jornal, e imprensa em geral, Fundado por Magno de Jesus. Maio/2001
FOLHA DA REGIÃO


VEJA BEM
Informativo recém lançado em formato do antigo SIM SIM, idealizado por Marta Maria Alves. Com editoração a cargo da GALERA.COM, que tem um excelente Cyber Café. Traz Noticias de nossa sociedade, e diversas crônicas.
A prensa na foto, é Manual existia também com pedais. Nesta época tinha o
compositor, com consistia em colocar cada tipo de letra que ficava em escaninhos e eram fixados em um a um, depois tiravam a prova de cada matéria ou página para que o revisor desse o aval para prosseguir.
Prensa muito usada nos primeiros jornais de Estância, nos Jornais O Povo, A Estância, Folha Trabalhista. A arte gráfica era muito adiantada para época, as notícias é que já eram passadas, pois a maioria dos jornais circulavam somente aos domingos. Depois destas máquinas chegaram as que faziam o Linotipo onde tinha uma panelinha com chumbo derretido, que ia formando a chapa para a prensa mais moderna, depois veio a época do off-set e a era de softwares modernos verdadeiros editores, onde junto com a tecnologia, dispensa o revisor e o encarregado da arte final. Infelizmente a maioria dos Jornais fundados e distribuídos em Estância foram fundados por dirigentes políticos, e poucos Jornais visava divulgar simples noticias e propaganda isto é com conotação jornalística. Outros entretanto, serviam somente para divulgar feitos políticos, peculiar de uma verdadeira província.
Atualmente ficamos sabendo através do amigo e escritor Cláudio Araújo Dortas, que existe mais dois matutinos, sendo que sua tiragem é feita quinzenalmente. Uma verdadeira vergonha, para Estância, que outrora era considerado o berço cultural de Sergipe.

E agora na era Moderna o pessoal da GALERA.COM vem aí a todo vapor com seu jornal virtual. Brevemente teremos também publicações da ONG VIVA ESTÂNCIA.
Podemos aqui destacar alguns "Jornalistas"
Monsenhor Antonio Fernandes da Silveira. Sr.Manoel Lopes de Souza Silva Augusto Gomes João Nascimento Alfredo Silva Raimundo Silveira Souza Dorival Carvalho Costa Carlos Tadeu (Daniel) Cláudio Araújo Dortas
Mágno de Jesus
Valter
Sena Francisco Teixeira Filho
José Raimundo de Jesus Andrade
Geovani
João Rocha de Oliveira
João Izídio
Tutti
Gina

(Envie-nos nomes de jornalistas Estancianos para enriquecer nossa lista)
Emissoras de Rádio AM & FM
Primeira no interior de Sergipe
Era assim ZYC-25 1.250 KiloHertz 1 Kilo Watts de Potência (1967) Rádio Esperança de Estância AM Conheça sua História ZYJ-925 Freqüência: AM Endereço: Praça Coronel Gonçalo Prado, S/N Bairro Santa Cruz Cep: 49200.000 Estância - Sergipe Fone: 0XX79 522-1411 Fax: E-Mail: Fundada em 01 de Maio e 1967 hoje com 36 anos Idealizador e Fundador Eng. e Jornalista, Jorge do Prado Leite Fundação de Educação e Cultura - órgão administrador. Clique aqui e Conheça aqui um pouco de sua História
Radio: Radio Jornal De Estância - FM Freqüência: FM Endereço: Rua Domingos Alves Ribeiro Bairro Alagoas Cep: 49200-000 - Estância - Se Fone:079 522-2532 Fax:
Atualmente mantém um dos melhores programas de Rádio do Interland sergipano, com o comunicador Dissanti das 7:00 às 9:00 da manhã, onde o povo participa reivindicando ação das autoridades, em um trabalho em prol da cidadania
E-Mail:
Radio Abais 1.450 kHz Freqüência: AM Endereço: Rua Elísio Matos (Próximo ao Bairro São Jorge) Cep:49200-000 - Estância - Sergipe Fone: Fax: E-Mail:
Algumas novas emissoras não sobreviveram devido a exigência da lei de rádios comunitárias.
Radio :Mega Jovem FM (Rádio Comunitária) Endereço: Rua Antiga Rua Monsenhor Vitorino, (Antiga Rua do Arame) Bairro: Alagoas Cep:49200-000 Estância - Sergipe Fone: Fax: E-mail:
Rádio Catedral - Não Durou muito.
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